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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA
Coordenação: SALOMÃO SOUSA

 

 

Foto: www.nosopinando.com.br 

 

SINÉSIO DIOLIVEIRA

(Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil)

Veio para Goiânia aos 13 anos de idade.

O amor pela poesia levou-o a fazer Letras Vernáculas na UCG.
Foi professor de português, redação e literatura.
Trabalhou como jornalista e revisor em jornais goianos.
Publicou os livros: Coração seco não chove nos olhos, 2011 e
Poema na folha da amendoeira, 2012 que recebeu o Prêmio Bolsa de Publicação Hugo de Carvalho Ramos.
 

 

 

ANTONIO ALMEIDA

BRITO, Elizabeth Caldeira, org.  Sublimes linguagens.  Goiânia, GO: Kelps, 2015.   244 p.  21,5x32 cm.  Capa e sobrecapa. Projeto gráfico e capa: Victor Marques.  ISBN 978-85-400-1248-6 BRITO, Elizabeth Caldeira, org.  Sublimes linguagens.  Goiânia, GO: Kelps, 2015.   244 p.  21,5x32 cm.  Capa e sobrecapa. Projeto gráfico e capa: Victor Marques.  ISBN 978-85-400-1248-6

Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

HABITAT POÉTICO:

 

 

A
solidão
daquela árvore
tem falta de passarinho.
Estava sozinha na imensidão
sem outras árvores para conversar.
O vento longe
dela passava.
A solidão daquela árvore doeu em mim.

 

***

 

       "Olhai os pássaros do céu
não semeiam
nem ceifam
nem ajuntam em celeiros..."

Os pássaros
são notas musicais
duma canção celeste.
Eles poesiam o céu.

Poetinhas da natureza
os pássaros são intérpretes
dos poemas de Deus.
Cantam uma música sublime
invisível aos ouvidos.
Apenas os olhos da alma
podem escutá-la perfeitamente.

 

 

      

       DÍVIDA

As coisas
têm seus dias de existência contados.
A vida empresta esses dias
e o tempo vem cobrá-los
(de modo impiedoso.)

Talvez aquela borboleta morta
tenha aproveitado seus dias
conhecido muitas flores
e voando bastante.

Se não o fez
agora é tarde.
As formigas que a comem
têm também os seus dias contados.

 

             ***

 

      

 

       Não me interessa
a explicação da ciência
sobre as cores das flores.
A explicação da borboleta me basta.

Que inveja daquela borboleta
enfiando sua anteninha
no útero da flor!
Isso é néctar
nos lábios de minha musa
neste canto que teço maravilhado.

***

 

       Há poesia sempre
na folha da planta.

Já na folha de papel
nem sempre há poesia
nos poemas nela depositados.

Poesia é algo sublime
muito além do ajuntamento de palavras.


       POEMA PODRE    

O papel me pede um poema
mas não consigo escrever.
As palavras me chegam pela metade.
Os versos apenas rastejam

As palavras que busco
para tecer meu poema
estão na boca dos passarinhos.
Meu canto é de palavra podre
recolhida no lixo.
Meu poema não é nada
perto daquele tiziu malabarista
sobre o galho da goiabeira
saltitando e cantando.
 

 

       DEUS MORA EM ALMAS

Foram muitas preces rezadas.
Foram muitos pecados confessados.
Apenas as paredes ouviram.

Deus foi embora da igreja
(Se é que Ele desse jeito exista
E se acomode entre tijolos.)

Deus mora em almas.

Os romeiros vão muito longe
Sob sol ou chuva
À procura de Deus
Quando pra encontra-lo
Nenhum passo será necessário.

Não sabem eles
Que Deus anda muito ocupado
Colorindo flores
Fazendo chuvas
Madurando frutos
Ensinando músicas aos pássaros
Portanto sem tempo para ouví-los.

Não sabem os romeiros
Que não é Deus que os chama
Mas homens famintos de algibeira.

 

*

 

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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/goias/goias.html


Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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